JUSTIÇA INJUSTA PARA OS POBRES

Se deve continuar vigorando o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que os bacharéis em Direito consigam seu registro na ordem, isto é uma questão à parte, que está sendo examinada pela CDH, do Senado, para aprovar ou não projeto do senador Gilvan Borges, que extingue este exame.
Porém, o que se sabe, e ficou muito claro durante a audiência pública de hoje com integrantes da Ordem e bacharéis, é que proliferam cursos de Direito e faculdades que estão mais preocupadas com seu lucro, do que em dar uma boa formação para seus alunos. Acho que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) tem que dar em cima destas faculdades que visam tão somente ao lucro.
Mas hoje deixei o meu protesto em relação a outro viés deste mesmo assunto. Não se admite que o Brasil tenha dois milhões de advogados (só perde para os EUA) e eles estejam tão mal distribuídos pelo nosso país. O que constatei é que persiste a odiosa discriminação contra as regiões onde a população tem menor renda per capita, o que se caracteriza como exclusão social e não podemos permitir que permaneça.
No Distrito Federal, maior renda per capita do país, existe um advogado para cada 140 habitantes, seguido de perto por São Paulo, onde há um advogado para cada 154 habitantes. Agora vamos dar um pulo no Nordeste: no Piauí temos um advogado por 913 habitantes e, no Maranhão, apenas um profissional para 1.337 habitantes.

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