APOSENTADOS MERECEM,SIM, UMA VIDA MAIS DIGNA

Ontem fui a tribuna, em sessão solene em homenagem ao servidor público aposentado, para marcar minha posição a respeito do tema aposentado de uma forma geral. Não posso aceitar as críticas feitas por alguns ministros, de que agimos de forma irresponsável ao aprovarmos projeto do senador Paulo Paim, que vincula as aposentadorias ao Salário Mínimo e que elimina o fator previdenciário, que nada mais é do que um redutor dos benefícios dos aposentados.
Citei o historiador francês Fustel de Coulanges, segundo quem o homem é o resultado e o resumo do trabalho de eras anteriores. Lembrei que na Europa o aposentado é visto com o maior respeito pelo trabalho que durante anos prestou à sociedade e que consegue ter uma vida digna, com conforto, depois da cessação de seu trabalho.E lembrei, ainda, que projeto de minha autoria, para redução do tempo de serviço para fins de aposentadoria para aqueles que tem trabalho insalubre ou perigoso, está desde 2003 aguardando por votação no plenário.
Baseado em dados elaborados por técnicos e divulgados pelo jornal “Valor” on-line, mostrei que é uma falácia o argumento de que melhorias dos benefícios para os aposentados vá representar a falência da Previdência Social.
Os indicadores são todos favoráveis, porque o crescimento econômico permitiu que o número de empregos formais batam sucessivos recordes. Isto significou maior arrecadação para a Previdência, é claro. Tanto assim que seu déficit vem declinando rapidamente, permitindo que se possa remunerar melhor aqueles que passaram a maior parte de suas vidas prestando serviços à sociedade.
A Previdência estimava no ano passado um déficit de R$ 47 bilhões e ele não passou de R$ 44,8 bilhões. E, se não fossem as antecipações, para dezembro, de metade dos benefícios dos segurados que ganham até um Salário Mínimo, o que representou um gasto de R$ 2,7 bilhões, suas contas teriam fechado com queda no déficit. E ainda com esta antecipação dos benefícios, o déficit que correspondia a 1,8% do PIB, caiu para 1,75%.
Os estudos mostram,ainda, que as primeiras projeções para 2008 indicavam uma queda do déficit para 43,9 bilhões, mas o resultado do primeiro bimestre deste ano já fez com que as estimativas sejam da redução de mais 1 bilhão na necessidade de financiamento da Previdência, ou seja, o equivalente a 1,52% do PIB.
Ora, se associarmos o superávit primário cada vez maior (ele é feito para pagar dívidas e devemos aos aposentados desta Nação), o emprego formal crescente e a recuperação das finanças da Previdência, chegamos à equação lógica de que é possível sim, e muito responsável de nossa parte, como legisladores que somos, recuperarmos o devido respeito aos aposentados deste país, proporcionar-lhes uma aposentadoria que lhes permita o conforto e dignidade tão merecidos por eles.
Meu discurso completo pode ser acessado em http://monkey.hostclass.com.br/~senadorv/pdf/upload/210a37c9fdfaee607d0b6b0a9f19024d.pdf

Comentários

Vitória/ES, 04 de maio de 2008
Estimado Senador Valadares,
Tudo bem?

Hoje é mais um dia de bençãos. Benção por entrar emc contato pela primeira vez com seu mandato e verificar que o sério e combatente senador tem como preocupação, dentre tantas coisas, a saúde, o trabalhador e sua legítima e justa mobilização e reivindicação, o "velho Chico", o respeito pelo bravo senador Paim e pelos trabalhadores-aposentados-trabalhadores (isto para não serem esquecidos por décadas em sucessivas desgovernanças militar e civil).

Sou suspeito para falar de e sobre Sergipe. Tenho alguns grandes e diletos amigos aí. Fazem-me falta aqueles passeios na orla de atalaia Nova e atalaia Velha, a água de coco, o caju, as grandes e sortidas "babujanças" com beju seco e molhado, pamonha, queijo do sertão, café, frutas variadas (o caju, por excelência) e tudo de bom. O acordar e levantar-se cedo para ir às feiras, tomar café e fazer compras, passear na linda e antiga capital, São Cristóvão, visitar a casa-museu do Professor Garcez, os Reis, Ouros e tantos mais. O professor, escritor e arqueóloco; o empreendedor, e a professora e poeta.

Senador o clima de emoção e nostalgia tomou conta de minh`alma.
Seria bom ter nos políticos do ES preocupação redobrada e tão intensa, e espaço para debates democráticos em tempo real sobre estes temas nacionais e locais.

Muito do que aprendi na vida e sou agradeço ao Sr. João Dias e Thereza Claro Dias, meus pais, meus avós, Dr. Jamil Haddad, Dom Hélder Câmara (ambos vizinhos e amigos da família Claro Dias), Miguel Arraes, Brizola, Prestes, Francisco Julião, Mangabeira, e tantos outros grandes homens e mulheres brasileiras e nacionalistas.
Espero e certamente retornarei mais vezes e de forma mais concisa.
Nada mais como ser PONTUAL sendo TÃO GENERALISTA como fui. O Homem Público que o senador se me revelou é um homem comprometido com todas as causas populares. Em seu blogue, lhe digo com todo o entusiasmo, não por abuso ou falta de respeito, seja bem-vindo sempre.
Saudações fraternais,
Fernando Claro