Ontem comemoramos o Dia Mundial da Terra. Será que temos mesmo motivos para comemorar? Acredito que ainda estamos fazendo muito pouco para salvar este planeta da sanha dos homens insensatos, que permanecem alheios ao perigo iminente, insensíveis ao que provocam no presente e no futur
A tese de Gaia – a deusa grega da Terra – apresentada em 1969 pelo britânico James Lovelockque, afirma ser o planeta Terra um ser vivo. Com o aquecimento global e as alterações climáticas drásticas, a tese de Lovelockque ganha cada vez mais credibilidade entre a comunidade científica. Ora, se a Terra é um ser vivo, estamos cometendo um crime bárbaro ao assisti-la agonizar sem uma atitude mais eficiente e rápida em sua defesa.
Em 22 de abril de 1970 foi criado o Dia Mundial da Terra, pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, durante o primeiro protesto americano contra a poluição. Mas somente dez anos depois outros países passaram a celebrar a data. E, em 14 de março de 2000, foi aprovada em Paris, pela Unesco, a Carta da Terra, depois de oito anos de discussões que envolveram 46 países de todos os continentes.
Entendo que nós políticos temos uma obrigação inadiável: a de cada vez mais legislar em favor da Terra, fiscalizar e denunciar a ação danosa do homem contra sua integridade. Estamos correndo contra o tempo.
Tenho elaborado projetos em prol da saúde. Não só da saúde pública, na forma tradicional de assistência aos doentes, recursos financeiros suficientes para atender a todos. Igualmente com a manutenção de uma vida saudável, com projetos que podem levar as pessoas a optarem por alimentos mais saudáveis, com menos sal, sem a malfadada gordura trans e, ainda, incentivo à agricultura orgânica, para que seus produtos mais puros possam ser usufruídos por todos.
Sistematicamente estou combatendo a modernidade que agride o planeta e relega a saúde humana a segundo plano, fazendo projetos para que o transporte não poluente ganhe mais espaço. É ainda pouco, pretendo continuar nesta missão com cada vez mais intensidade, incentivando meus companheiros de Senado a também fazê-lo.
As palavras do astronauta das missões Mercury, Gemini e Apollo não devem nunca sair de nossas mentes: “Saí da Terra três vezes e descobri que não há outro lugar para ir. Por favor, vamos tomar conta desta espaçonave chamada Terra”.
Comentários