Tenho aqui neste Blog me empenhado em manter meus leitores atualizados sobre a incidência da dengue no país. E pesquisado muito, para fornecer informações que possam evitar ao máximo a incidência da doença, especialmente as que se referem à prevenção.
Embora haja sempre destaque na mídia, para a epidemia no Rio de Janeiro, a população de outros estados tem sofrido muito com a ação do mosquito Aedes Aegypti. Inclusive o povo do meu querido estado de Sergipe, onde a incidência da dengue este ano, em relação ao ano anterior, cresceu 1.271%.
Esta semana, quarta-feira, participei de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), convocada especialmente para ouvir autoridades sanitárias sobre a crise da dengue no RJ. No requerimento de convocação, de minha autoria foram convidados representantes do Ministério da Saúde, das Secretarias da Saúde do Municipio e do Estado do RJ, bem como da Confederação dos Trabalhadores (CUT).
Na audiência aquelas autoridades dissertaram sobre as ações de combate ao mosquito e as perspectivas que temos para poder garantir à população medidas cada vez mais eficientes.
Fiquei particularmente preocupado com as afirmações do representante da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, Victor Berbara, segundo quem o foco de hoje tem que ser a mobilização das pessoas, porque nunca será possível erradicar a doença. E esta tarefa tem sido mais difícil no Rio de Janeiro, alegou, por causa da violência urbana. Isto me remete à reafirmação do que tenho dito sempre: são necessários mais investimentos não só na área de saúde, como também em um programa de políticas públicas de prevenção e combate ao crime.
A violência no Rio atrapalha seriamente o combate aos focos de mosquito, porque os agentes de saúde não têm acesso a 40% das casas, cujos ocupantes têm medo de permitir o ingresso dos agentes, já que os bandidos disfarçam-se até de autoridades para poderem praticar seus crimes.
Outro fator agravante da epidemia, segundo Fabiano Pimenta, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, é o abastecimento de água irregular naquela cidade, que leva as pessoas a armazenarem água em tonéis e outros recipientes.Pelo que dizem as autoridades no assunto, a mobilização das pessoas, informações através da mídia sobre as formas de prevenção são primordias.
Do arsenal de combate ao mosquito, infelizmente ainda não contamos com a arma mais poderosa, a vacina. Enquanto isto não acontece, temos que nos concentrar na prevenção.
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