ELEIÇÕES MUNICIPAIS E MUDANÇAS

As eleições municipais deste ano, de alguma forma, apesar das distorções diversas do processo eleitoral, poderão contribuir para a melhoria do perfil ético e administrativo dos futuros Prefeitos e demais atores políticos envolvidos na disputa.
Os defeitos da nossa legislação permitem a influência do poder econômico beneficiando os candidatos mais afortunados, em detrimento dos mais pobres. O princípio da igualdade na disputa é frontalmente atingido, há uma concorrência desequilibrada, em função da inexistência de regras que proibam a participação de empresas na indicação e no financiamento de candidatos.
O Congresso é de uma lerdeza mortal, ainda mais quando se trata de reforma político-eleitoral: a fidelidade partidária, por exemplo, só está em vigor porque o Judiciário tomou a iniciativa, aliás polêmica - porque tomou o lugar do Legislativo - de impor regras de proibição do troca-troca partidário sob pena de cassação.
O financiamento público das campanhas eleitorais que ajudaria a reduzir o abismo entre candidatos ricos e pobres, outra matéria de fundamental importância para garantir a lisura da disputa, até agora se encontra dormitando nas gavetas da Câmara.Essas e outras tantas reformas estão sendo postergadas e tal situação tem contribuido para o descrédito da classe política.
Ainda assim acredito na força da opinião pública em forçar mudanças. Creio na pressão do voto e no resultado e na fala das urnas. Creio na pressão da sociedade, a qual, após cada eleição, diante dos escândalos, exige uma postura correta e responsável dos seus líderes e dirigentes.
Vamos então agir e atuar, participando das discussões, em casa, na escola, nas praças e nas ruas, em todos os lugares. Não sejamos apáticos. Não sejamos meros espectadores. A nossa opinião e o nosso voto, têm que dados dentro de uma postura consciente, pensando sempre no melhor para a nossa cidade, no melhor para o noso povo!

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