Confesso que não me surpreende, infelizmente, o resultado do estudo da Unesco sobre a Educação no Brasil, divulgado hoje pela Folha on Line, onde o Brasil é classifado em 76° lugar, perdendo até para o Peru.
O alto índice de reprovação no ensino fundamental é alarmante, uma vergonha para nós. Tenho reiteradas vezes ido à tribuna para alertar sobre a necessidade premente de termos mais recursos para esta área, que vem caindo sistematicamente de qualidade.
Da última vez, utilizei informações de autoridades do setor educacional, que mostram que estamos gastando 11 vezes mais com um presidiário, do que com um aluno da rede estadual de ensino. Em Minas Gerais, por exemplo, o governo daquele estado gasta, por mês, R$ 1.700,00 com um presidiário e menos de R$ 150,00 com cada aluno da rede básica de ensino.
Diante deste quadro desalentador , tenho me batido constantemente pela não incidência da DRU (Desvinculação de Receitas da União) nos recursos destinados à area de ensino, dispositivo este que tem usurpado recursos destinados à Educação.
O próprio ministro Fernando Haddad foi quem demonstrou que, em 14 anos, a Educação perdeu quase R$ 100 bilhões de recursos orçamentários, em função da DRU. Uma perda média, anual, de R$7 bilhões. Reconheço que a ocupação escolar melhorou muito - mais de 97,4% das crianças entre 7 e 14 anos estão sendo atendidas pelo sistema público de ensino - mas estamos piorando muito em qualidade.
Junto com mais escolaridade temos que ter melhores escolas, mais qualidade de conteúdo escolar e muito maior assimilação pelo aluno, com a valorização do professor, a começar pelo seu salário.
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