TEMOS UM DRAGÃO A EXTERMINAR

Estou preocupado, como todo brasileiro, com o recrudescimento da inflação. Então fui hoje à tribuna para combater a idéia antiga e maléfica de alguns economistas, de que o aumento das taxas de juro é a melhor arma para se combater a alta dos preços. Em meu entender, a reforma tributária (para reduzir impostos sobre consumo), e os incentivos ao homem do campo, são armas muito mais eficientes e justas.
Não é preciso ser economista, para saber que, se os juros ficarem mais altos do que já estão, aquele pobre, que paga seu feijão com arroz bem mais caro agora, vai ficar ainda em pior situação.
São necessárias outras medidas na produção interna de alimentos, para que não fiquemos a importar arroz, trigo ou até feijão, coisas que podemos produzir muito bem , se o produtor tiver apoio, com crédito específico e boa taxa de juros.
É urgente a reforma tributária, porque os impostos recaem duramente e, principalmente, sobre produtos de consumo obrigatório. Temos que fazer uma reforma tributária que produza uma imediata e forte redução dos preços dos produtos de primeira necessidade.
E a inflação não se restringe aos alimentos, porque mercadorias de origem industrial estão também ficando mais caras, tanto assim que o indicador IGP-10 mostrou um avanço de 1,52% em maio, o que revela uma alta que incluiu a produção do campo e da indústria de bens duráveis.
A equipe econômica do governo tem que tomar rapidamente medidas para conter a alta da inflação, antes que este processo tome corpo, antes que o dragão da inflação comece a andar pelas ruas como acontecia no passado em nosso país. Mas, medidas inovadoras!
A nossa economia já está viciada em juros altos, enraizada na especulação, no endividamento público, já que a alta dos juros implica também no crescimento da dívida interna.
O juro básico caiu nos EUA para 2%, na Europa e em muitos países latino-americanos e asiáticos os juros reais (descontada a previsão de inflação) estão perto de zero, mas nossa taxa de juros insiste em ficar lá nas nuvens, na base de 4,65% de juros reais e 11,75% de juros nominais. E isto pune especialmente as camadas da população de renda mais baixa.
Meu discurso na íntegra pode ser acessado neste endereço: http://monkey.hostclass.com.br/~senadorv/pdf/upload/b29315ab378cdf3d62a49347b02db9d2.pdf

Comentários