Com freqüência tenho alertado sobre a necessidade urgente (já estamos atrasados) de investimentos maiores na área da Educação, onde temos um desempenho, que é o avesso do sucesso que temos obtido na área internacional a respeito de confiabilidade para investimentos em nosso país, graças ao desenvolvimento econômico. Mas não poderemos mantê-lo, se não tivermos mão-de-obra com educação suficiente para acompanhar os avanços da tecnologia.
Hoje li no “Globo on line” entrevista da ministra Dilma Rousseff, em que ela garante ser prioridade do governo criar um fundo, que acumule parte dos recursos dos megacampos de petróleo da promissora camada de pré-sal, para investimento em Educação. Espero que isto se concretize com rapidez, pois nos encontramos em 76° lugar no ranking mundial de qualidade de ensino básico, perdendo para vários outros países da América do Sul.
Espero, sinceramente, que esta parte dos recursos obtidos com o óleo leve (o mais valorizado) do pré-sal, à qual a ministra referiu-se, seja realmente substancial para a Educação. Investir grande nessa área é fundamental para qualquer nação. Precisamos cada vez mais nos conscientizarmos disso. Basta observar que os países com maior índice de desenvolvimento sempre tomaram essa sábia atitude.
Temos que inverter a iníqua situação que vivemos, onde se gasta com um presidiário, em média, R$ 1.700,00, enquanto se investe apenas R$ 150,00 com cada aluno da rede básica de ensino. Como resultado da falta de investimentos na Educação, nosso alto índice de reprovação é alarmante, uma vergonha para nós.Vamos cobrar a promessa da ministra. E vamos lutar pela não incidência da Desvinculação das Receitas da União – DRU – nos recursos destinados à Educação, porque este mecanismo perverso, nos últimos 14 anos, usurpou R$ 100 bilhões dos recursos orçamentários a ela destinados, ou seja, R$ 7 bilhões por ano.
Enquanto isto, nossas crianças freqüentam escolas precárias em infra-estrutura e equipamentos, recebendo aulas de professores desmotivados com seus baixos salários e, muitas vezes, sem o preparo suficiente para isso. Como podemos pensar, então, que ficaremos impunes no futuro se não corrigirmos essa grande distorção?
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