Produtos mais saudáveis, livres de agrotóxicos, poderão ficar acessíveis também às populações de baixa renda, com a aprovação hoje, pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA), de projeto de lei de minha autoria, que estimula este tipo de produção agrícola através do crédito rural.
Com isto, os chamados produtos orgânicos, hoje com custo de produção bem mais elevado do que os produzidos pela agricultura convencional, poderão ficar mais baratos para os consumidores.
Este projeto, o 555/2007, altera os artigos 48 e 103 da Lei 8.171, de 1991, que trata do crédito rural, com a finalidade de obter apoio governamental para programas de incentivo à infra-estrutura rural e de assistência técnica pública gratuita à agricultura orgânica.
Além de contribuir para uma saúde melhor da população, com a ingestão de produtos mais puros, esse tipo de prática agrícola também é essencial para a proteção do meio ambiente, que não é atingido por agrotóxicos e outros contaminantes, que agridem não só a saúde das pessoas, como o solo e todos os tipos de mananciais de água, inclusive subterrâneo.
A agricultura orgânica não apenas é responsável por produtos mais saudáveis, por utilizar técnicas que otimizam o uso de recursos naturais e socioeconômicos disponíveis, como respeita a integridade cultural das comunidades rurais, tendo como objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica.
Ocorre que, para adotar as técnicas sustentáveis de cultivo, como a eliminação de agrotóxicos e adubos químicos, a produção fica bem mais cara, daí a necessidade de estímulos. Agora conto com a sensibilidade dos demais colegas do Congresso, para aprovação final do projeto e, do governo, para perceber a importância social da agricultura orgânica, concedendo à ela o incremento necessário para sua expansão.
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