Ao falar novamente sobre a necessidade de o Congresso providenciar em uma reforma política, isse que o calcanhar de Aquiles da política brasileira é a falta de financiamento público de campanha e de consistência entre os partidos que dominam neste momento o cenário político.
Sugeri a redução do número de partidos para sete ou oito (atualmente são 28), com a reunião dos pequenos, em forma de federação. São 28 partidos demandando recursos do fundo partidário e espaços nos programas de rádio e televisão e acho que, tanto por parte do governo, como da oposição, não há nenhuma facilidade para encontrar um denominador comum para um bom entendimento entre as siglas partidárias, muitas delas sem nenhum sentido ideológico ou pragmático.
Considerei salutar, para a normalização da vida político-partidária, o anúncio de que o governo enviará ao Congresso, no próximo ano, uma proposta de reforma política. No próximo ano será o momento propício para uma reforma que traga o financiamento público de campanha e uma forma diferente de escolha dos candidatos proporcionais, seja o voto distrital misto, distrital puro ou a apresentação de listas únicas de candidatos, porque é preciso que tenhamos um modelo capaz de resolver este imbróglio que se tornou a questão partidária no Brasil.
Quanto à minha defesa do financiamento público de campanha – assunto que causa muita polêmica – lembrei que esse financiamento na verdade já existe através dos repasses de recursos oriundos do Fundo Partidário, que distribuirá R$ 135 milhões, este ano, e das multas aplicadas pela Justiça Eleitoral, que somam R$ 59 milhões. E o TRE prevê um gasto de R$ 4,4 bilhões para realizar e fiscalizar as eleições municipais este ano.
O que proponho é que seja feita a consolidação desses recursos dos financiamentos de campanhas em uma só legislação, com reorganização partidária, para que os partidos menores se unam em federação e possamos ter um novo modelo, onde o governo saberá com quem vai negociar e, não, com uma enxurrada de partidos políticos que lutam por espaços cada vez maiores, levantando suspeitas sobre os acordos feitos pelo governo para garantir a governabilidade.
Meu discurso completo pode ser acessado aqui: http://monkey.hostclass.com.br/~senadorv/pdf/upload/3deae9f32f2a0c666206b6b1c607b338.pdf
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