Nesta última terça-feira passou um projeto de lei na Comissão de Educação do Senado com o qual nunca vou concordar. E, junto com outros colegas senadores de bom senso, vou recorrer da decisão ao plenário do Senado. Trata-se do estabelecimento de quotas para a concessão de meia-entradas para eventos culturais aos estudantes e idosos.
Ora, já não basta termos poucos recursos destinados à educação e à cultura, quando deveríamos ter muito mais investimentos nessas áreas? Agora ainda se quer limitar o acesso de estudantes àquilo que pode ser muito útil a sua formação?
Fiz um veemente discurso durante a sessão daquela Comissão, no qual afirmei que as conquistas dos estudantes, obtidas “com sangue, suor e lágrimas” têm que ser preservadas, de vez que bens culturais com certeza vão lhes ajudar muito na construção de seu futuro. Acredito ser uma total insensatez limitar o benefício para estudantes e idosos terem acesso a espetáculos culturais.
Atendi aos apelos da presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, que esteve presente à reunião para votação da matéria. Infelizmente, no espaço da Comissão, onde meu colega senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) também apresentou voto em separado contra a fixação de quotas, não logramos êxito. Mas é certo que vamos recorrer ao plenário, com a certeza de que prevalecerá a sensatez.
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