Não posso deixar de registrar neste blog o aniversário de 154 anos de Aracaju, completados no último dia 17, terça-feira. E hoje fui a tribuna saudar o povo aracajuano e falar um pouco sobre a história dessa cidade, que desafiou suas condições topográficas, tornando-se uma bela metrópole e a capital do meu estado de Sergipe.
Em 17 de março de 1855 o antigo e modesto povoado de Santo Antonio do Aracaju foi elevado à categoria de cidade com o nome de Aracaju, para ela se mudando a capital da província de Sergipe no governo de Ignácio Joaquim Barbosa. Foi construída no formato de tabuleiro de xadrez, a partir da colina de Santo Antônio, estendendo-se em direção ao rio Sergipe e em poucas décadas – em 1911 – tornou-se o maior centro urbano e industrial de Sergipe.
Instalada em uma região pantanosa e de mangues, a audaciosa obra de engenharia do Brasil Império desafiou sua época, já que a cidade foi implantada em uma área de charcos e pântanos. Com muito menos meios técnicos e científicos do que hoje, o engenheiro Sebastião Pirro e sua equipe conseguiram a proeza de criar a capital Aracaju praticamente do nada, já que só existia um pequeno povoado na colina do Santo Antonio.
Houve vanguardismo na concepção da nossa Aracaju. As cidades da época costumavam adaptar-se rigidamente às condições topográficas, mas Aracaju fugiu dessa rigidez, não se curvou às adversidades da região nem ao ambiente hostil. Por esta razão, também foi inaugurada uma tendência geométrica na construção de cidades, de várias outras cidades, a exemplo de Goiânia.
Por estas e muitas outras razões, saúdo o povo de Aracaju e a festa de aniversário da capital do estado que já tive a honra de governar; saúdo também o prefeito e o governador Marcelo Déda, e todos aqueles que não poderei citar mas com os quais me sinto irmanado nesta data magna da nossa querida Aracaju.
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