MUDANÇAS PODEM MINIMIZAR EFEITOS DA CRISE

A crise global nos atingiu e não há como negarmos isto. Tampouco esperarmos que ela passe por nós e não deixe sequelas. Então acho que temos que agir, e rápido, para que aquelas pessoas com menor poder aquisitivo não acabem sendo as principais atingidas.
Iniciada em outubro do ano passado, com a parada repentina do crédito e do comércio, além do desaquecimento do comércio exterior, a reviravolta econômica produziu no final do ano passado um PIB 3,6 % menor do que o do trimestre anterior. No primeiro trimestre deste ano recuou 0,8% em relação ao quarto trimestre de 2008.
Temos dois trimestres consecutivos de encolhimento da renda nacional. Há cortes nos investimentos de grandes empresas, demissões de trabalhadores, enfim, um cenário cinzento. E hoje leio na Folha online três matérias assim intituladas: “vendas do comércio caem 0,2% em abril”; “vendas de material de construção despencam” e “preços ao consumidor sobem 0,29%”.
Então me pergunto: não será a hora de o governo aliviar a carga fiscal de uma maneira geral sobre a economia produtiva e também sobre os produtos de consumo de primeira necessidade, como já fez com os eletrodomésticos e com os carros com a redução do IPI?
Acredito que se pode perfeitamente pensar em alguma coisa parecida voltada para os gêneros de primeira necessidade, direcionada para a cesta básica. Esta seria uma boa política para que os mais pobres, aqueles que nunca participaram do cassino global que levou a esta crise mundial, paguem injustamente a conta mais alta.
Faz-se necessário um planejamento que permita diminuir a pesadíssima carga fiscal que atinge em cheio os dois pilares de qualquer economia: a produção e o consumidor. A crise está aí e seu impacto virá, cedo ou tarde, sobre a grande população.

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