A expansão rápida da gripe provocada pelo vírus A (H1N1) em nosso país, com três mortes já registradas, não nos permite adiar medidas que difundam e qualifiquem o atendimento à população.
Sugiro que nossas autoridades sanitárias divulgem, por todos os meios de comunicação, da forma mais didática possível, informações sobre prevenção contra a doença e os cuidados a serem tomados para evitar a sua propagação.
Em meu entender faz-se urgente a ampliação da capacidade de diagnóstico e, para tal, defendo uma alocação orçamentária de emergência, como se faz quando da ocorrência de enchentes e outras calamidades.
Já estamos ultrapassando a mil casos da gripe, conhecida a princípio como gripe suína. Isto só reforça a advertência de que devemos combater essa pandemia com as mais eficazes e rápidas medidas.
A população precisa ser informada, de forma massificada, entre outras coisas, de que a disseminação ocorre principalmente através das gotículas projetadas por tosse e espirros, pelo contato com mãos e objetos manipulados pelos doentes. Pacientes e pessoas que ficam em contato com os gripados devem lavar as mãos com água e sabão , com muita freqüência, para reduzir o risco de infecção e de transmissão.
De acordo com recente relatório norte-americano sobre essa gripe, com alto potencial de contágio, seus principais sintomas são febre (94% dos casos), tosse e dor de garganta (92%), além de diarréias e vômitos que aparecem em 25% dos casos.
Segundo o infectologista Edilson Migowski, entrevistado pelo jornal O Globo, em ambientes confinados o vírus tem capacidade de contaminar 74% das pessoas! Isto pode determinar entre nós um grande surto. Segundo ainda o infectologista, o risco aumenta à medida em que há indícios de que o vírus circula entre a população mais pobre, que vive mais aglomerada e usa muito o transporte coletivo. As recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) são de que é necessário o isolamento domiciliar das pessoas doentes e de que, aquelas com sintomas, não saiam de casa e evitem aglomerações.
Acredito, por outro lado, que também devam ser tomadas providências em favor dos trabalhadores da área de saúde, como melhores condições de trabalho e ainda a contratação, em caráter emergencial, de novos contingentes de médicos e enfermeiros.
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