Ontem fui à tribuna pedir que as lideranças reúnam-se imediatamente e elaborem uma pauta mínima de trabalhos, a fim de que projetos importantes para a população brasileira não deixem de ser votados em função da crise. Não é mais possível ficarmos paralisados pelos problemas que enfrentamos, porque a sociedade tem o direito de nos cobrar que executemos com eficiência nosso trabalho de legisladores.
Acho que o Senado não pode ajoelhar-se diante desta crise, não pode entregar-se à omissão. Temos todos os instrumentos para investigar as denúncias feitas contra integrantes do Senado, e vamos fazê-lo, mas como legisladores temos responsabilidades públicas que não podem mais ser adiadas.
Lamento a situação enfrentada pelo Senado e que a saída para o impasse dependa de foro íntimo, de uma decisão unilateral do presidente da Casa, que ainda não atendeu aos apelos feitos. E espero que a crise seja debelada de forma total, firme e transparente, e não de modo cambaleante.
Mesmo com os problemas enfrentados com as denúncias contra o presidente do Senado, não se pode prejudicar o andamento normal da Casa. Vamos trabalhar com afinco, para que o povo possa se orgulhar do Senado e ver que estamos cumprindo nosso papel, foi o que incitei aos demais senadores.
Creio que meu apelo teve boa receptividade, pois fui aparteado e elogiado pelo senador Mário Couto (PSDB-PA) - que concordou com a proposta de uma pauta de trabalhos pelas lideranças, classificando a idéia brilhante e muito oportuna. Também por Arthur Virgílio (PSDB-AM), que disse tratar-se de uma idéia madura, equilibrada e que merecia a adesão de todos.
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