A NUTRIÇÃO E SEUS EFEITOS SOBRE O CÉREBRO


A alimentação pode ser fonte de saúde e de doença. Determinados alimentos e/ou nutrientes favorecem determinadas funções do nosso organismo e nutrem melhor órgãos específicos, funções específicas. Há alimentos que são melhores para as funções cerebrais, por exemplo.
O cérebro e as funções dele decorrentes também são alvo preferencial dos bons efeitos (ou dos maus efeitos) de determinados alimentos. A formação da memória, por exemplo, tem a ver com acetilcolina: alimentos como ovo, a couve-flor, estimulam a formação da acetilcolina. Glutamina e ômega 3 favorecem a formação e a proteção das células nervosas. Azeite, linhaça e frutos do mar, ricos em ômega 3, reduzem riscos do mal de Parkinson, o que se explica, em boa parte por sua capacidade antioxidativa.
Outros antioxidantes estão presentes em maçã, rúcula, soja, cebola, frutas cítricas e legumes e hortaliças amarelo-alaranjados. O ácido fólico das hortaliças verde-escuras - e seus antioxidantes - e dos cereais integrais, além de outros componentes destes alimentos, também protegem a função cerebral. Por sua vez, o papel da vitamina D no processo de renovação dos neurônios e do aminoácido chamado triptofano – presente no feijão, no grão de bico – no processo de formação da substância responsável pela sensação de bem-estar, a serotonina, também são outros exemplos de alimentos favoráveis ao cérebro e às emoções.

Se você está preocupado com a qualidade de vida e de funcionamento cerebral, procure estabelecer uma relação fiel e permanente, portanto, com hortaliças de folhas escuras, com legumes coloridos (cenouras, pimentões, tomates etc), com alimentos ricos em ômega 3, com cereais integrais, feijões, soja, azeite e linhaça, além dos cítricos e frutas em geral. E muito cuidado com excesso de carnes, laticínios, com açúcar e produtos açucarados, com frituras, com churrascos e carnes passadas na chapa. Se a idéia é proteção às funções cognitivas, da memória, às funções cerebrais em geral todo cuidado com a alimentação que contribui nessa direção ainda é pouco. Você não pode pensar que pode comer qualquer coisa e também pode envelhecer com qualidade de vida. Uma coisa não combina com a outra.
Gilson Dantas
Médico, Brasília, DF

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