TAQUARI-VASSOURAS PODE SER MELHOR EXPLORADO

Foto do Jornal da Cidade

    Hoje cobrei do governo maior aproveitamento de silvinita e carnalita do grande depósito destes minerais em Taquari-Vassouras, no município de Rosário do Catete, no meu estado de Sergipe. Elas são exploradas pela Companhia Vale do Rio Doce. Principalmente a carnalita, de onde sai o magnésio, existe em grande profusão naquela área, magnésio este que tem larga utilização pela indústria de flashs de máquinas fotográficas, pirotecnia e ligas leves de alumínio, além da farmacêutica, entre outros.

  No entanto, é preciso que se invista mais em pesquisa para maior aproveitamento daquelas riquezas naturais. Também há uma projeção de 850 mil toneladas de potássio, mas a produção não ultrapassa os 500 mil.

   Fiz estas considerações e reivindicações durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), para discutir a criação de uma empresa estatal destinada a produzir fertilizantes no país. À audiência compareceram o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Scliar.

O potássio é matéria-prima indispensável ao desenvolvimento dos vegetais, sobretudo como fertilizante. Cerca de 95% da produção mundial é consumida na agricultura, sendo 90% desse total na forma de cloreto de potássio, 5% na forma de sulfato de potássio e 5% na de sulfato duplo de potássio e magnésio. O restante é consumido pela indústria química com aplicações diversificadas. O potássio, na forma de sais solúveis, como interessa à indústria de fertilizantes, é um produto resultante da meteriorização das rochas ígneas e encontra-se nos mares, lagos salgados e nas jazidas de evaporitos, intercalado nas rochas sedimentares.

Uma estatal de fertilizantes é proposta em anteprojeto dos ministros Stephanes e de Edson Lobão, das Minas e Energia. O objetivo seria a redução dos preços dos fertilizantes já em um prazo de dois anos. De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o Brasil consome 24,6 milhões toneladas de fertilizantes por ano, mas produz apenas 8,8 milhões de toneladas.

Os 15,8 milhões de toneladas restantes têm que ser importados, o que representa um gasto anual de R$ 14 bilhões. Conforme ainda a CNA, o mais grave é a situação do potássio, insumo que exige mais de 90% de importação para suprir a demanda do país. O cloreto de potássio, que foi negociado a menos de R$ 800 por tonelada no começo de 2003, atingiu pico de R$ 1,8 mil por tonelada em fevereiro de 2009.

  Por todas essas razões, acredito que Taquari-Vassouras, com seu grande potencial, deve ser alvo de mais investimentos, especialmente agora que o governo pretende criar uma empresa nacional de fertilizantes.

Comentários