Muito interessante a matéria do G1, que procura saber o que os jovens pensam sobre as próximas eleições e o que esperam dos políticos. Mais interessante, ainda, foi a escolha deles para que a Educação seja prioritária no país e a as escolas abordem em profundidade os temas de política, de modo a receberem mais informações a respeito.
Apesar de decepcionados com episódios de corrupção, acreditam que a Educação é o caminho certo para a juventude ter maior censo crítico, aproximar-se da política, participar da vida do país e cobrar seus direitos.
Anexo abaixo a matéria e os depoimentos de alguns dos jovens entrevistados:
Estudantes dizem como escolhem seus candidatos
G1 ouviu adolescentes para saber o que eles pensam sobre eleições.
Para eles, educação é a área que mais merece atenção.
Vanessa Fajardo
Do G1, em São Paulo
Escândalos e casos de corrupção no cenário político são alguns dos fatores que afastam os jovens das urnas. É o que dizem os alunos do terceiro ano do ensino médio dos colégios Pio XII e Sion, em São Paulo, ouvidos pelo G1. Eles afirmam que a maioria dos amigos, com idades entre 16 e 18 anos, não vai votar no dia 3 de outubro porque não acredita em mudanças.
"Sinto um certo desencanto dos adolescentes pela política até em função do que veem dos casos de corrupção. Por isso as escolas devem desenvolver o processo de reflexão nos estudantes desde pequenos para fazê-los acreditar o quanto a participação é importante", afirma Fátima Lopes dos Santos Miranda, orientadora educacional do ensino médio do Colégio Pio XII.
Se por um lado há o descrédito nos políticos, por outro há a certeza de que áreas como a educação precisa melhorar. "A educação é fundamental para que as pessoas desenvolvam o pensamento crítico, se aproximem da política e comecem a cobrar seus direitos", diz Davi Finotti Ferreira, de 17 anos.
“Gosto de política e aprendi isso com meus pais. Porém os canais de TV para jovens quase nunca abordam o assunto; nem mesmo as escolas dão informações sobre eleições e ensinam, por exemplo, quais as funções de cada político”, diz Beatriz Viana, de 17 anos.
“A política perdeu o foco por causa de tanta corrupção, mas acredito que ainda há futuro. Se o jovem pensar um pouco consegue mudar este estigma. Acho que a maioria dos jovens não vota, porque não quer assumir mais uma responsabilidade, ainda mais na época do vestibular”, avalia Thaklita Malachim, de 17 anos.
Já Luan Fernandes, também de 17 anos, diz: pesquisei na internet o histórico dos principais candidatos. Mas de um modo geral os jovens não fazem isso. Já ouvi muitos falarem que vão votar em qualquer um, porque um voto não vai fazer diferença”.
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