Em discurso, hoje, no plenário do Senado e, falando como líder do PSB, defendi um maior envolvimento da diplomacia brasileira no processo de consolidação da democracia no Egito, após a renúncia do presidente Hosni Mubarak.
É preciso que o Brasil, com o peso que já tem na diplomacia mundial, se associe às manifestações internacionais pela efetiva vitória da democracia no Egito. E tenho certeza de que esse será o posicionamento da presidente Dilma Rousseff.
A queda do regime autoritário, há três décadas no poder, derrubado pela vontade popular, deve ser saudada pela consciência democrática mundial. No entanto, é preciso criar as condições políticas para que seu desdobramento consolide a democracia e afaste as ameaças de implantação de um regime fundamentalista naquele país, a exemplo do que aconteceu, por exemplo, no Irã.
O que se espera é que o general Omar Suleiman, que comanda a transição no Egito, tenha condições políticas de administrar a transição e convocar eleições presidenciais no prazo mais curto possível.
Alertei para os riscos políticos e econômicos que a implantação de um regime fundamentalista, no Egito, provocaria no Oriente Médio e em todo o mundo. A vitória da democracia no Egito terá não apenas repercussão na economia global, mas também no conjunto dos países do mundo árabe.
É necessário que a democracia no Egito não seja mero rito de passagem, como foi no Irã, dando ensejo a uma nova teocracia que ameace a paz mundial.
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