É PRECISO AMPLIAR O DEBATE SOBRE AS USINAS NUCLEARES


Como um dos  autores do requerimento, que levou à realização, hoje pela manhã, de audiência pública conjunta de três comissões permanentes do Senado, para que os parlamentares pudessem esclarecer dúvidas sobre a conveniência ou não de o Brasil levar adiante o projeto de construção de mais quatro usinas nucleares, fiz hoje diversos questionamentos ao diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva.

A segurança da população foi o alvo principal de minhas perguntas, mas  também quis saber se financeiramente a energia nuclear realmente compensava os riscos que oferece, e que critérios foram utilizados pelas autoridades para a opção pela construção de mais quatro usinas nucleares, inclusive uma no Nordeste, apesar do recente acidente com reatores das usinas do Japão, em virtude de um terremoto e de um tsunami.

 Lembrei ao convidado, que temos várias outras fontes para produção de eletricidade, como a eólica, biomassa e outras tecnologias que poderiam suprir as necessidades, em lugar da energia nuclear. Ainda quis saber se já houve imprevistos com as três usinas de Angra dos Reis, se já foram feitas simulações de evacuação da população vizinha em caso de vazamentos, como é armazenado o lixo nuclear, entre muitas outras questões.

A audiência pública foi conjunta entre as comissões de Serviços de Infraestrutura (CI), de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

 O requerimento, em parceria com o senador Jorge Viana, foi apresentado poucos dias após o acidente no JapãoE, muito embora as respostas de Othon da Silva tenham sido tranquilizadoras, achei conveniente  não me limitar  a convidar apenas as autoridades governamentais, mas também cientistas da iniciativa privada, para um amplo debate com a sociedade sobre um tema tão importante para a segurança da população brasileira.

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