Apresentei duas novas sugestões de convidados a participar da audiência pública que a Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) deverá realizar nos próximos dias, para tratar do Programa Nuclear Brasileiro e a conveniência, ou não, de levarmos adiante o projeto de construção de mais quatro usinas nucleares, uma delas no Nordeste. Trata-se dos professores José Eli da Veiga e José Goldenberg.
Como prometi em discurso proferido dois dias atrás, (lei a íntegra: http://twi.tt/doc/g18 )não quero que a audiência limite-se a ouvir os argumentos da área governamental, pois os primeiros convidados, através de requerimento apresentado por mim e pelo senador Jorge Viana, foram o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e o diretor-presidente da Eletrobrás Termonuclear S/A (Eletronuclear), Othon Luiz Pinheiro da Silva.
Entendo que toda a sociedade deve participar deste debate, pois é a vida das pessoas que está em jogo, após o que vimos no grande desastre ambiental do Japão, um país com avançada tecnologia, mas que ainda assim não pode evitar o vazamento de radioatividade, após um terremoto e um tsunami avassaladores causarem avarias em reatores de usinas nucleares em Fukushima.
José Eli da Veiga é professor titular do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador de seu Núcleo de Economia Socioambiental, bem como autor de vários livros sobre sustentabilidade. Escreve também artigos sobre o tema em periódicos científicos nacionais e estrangeiros.
Já José Goldemberg é doutor em Ciências Físicas da USP, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e é autor de inúmeros trabalhos técnicos e vários livros sobre Física Nuclear, Meio Ambiente e Energia em geral. Foi selecionado pela “Time Magazine” como um dos 13 “Heroes of the Environment in the category of Leaders and Visionaries 2007” ( heróis do meio ambiente na categoria líderes de visão) e recebeu o prêmio “Blue Plant Prize 2008” (prêmio especial para química), concedido pela Asahi Glass Foundation”, fundação focada principalmente no fomento à pesquisa no campo da química aplicada.
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