COMBATER TERRORISMO É UMA LUTA SEM TRÉGUA


 Hoje fui à tribuna do Senado para condenar o terrorismo em todas as suas manifestações, inclusive o terrorismo de Estado. O terrorismo deve ser condenado em todas as dimensões, em todas as formas, em todas as suas manifestações. É um movimento radical que se caracteriza pela sua imprevisibilidade, pela sua surpresa e pelo seu direcionamento às multidões, pessoas inocentes que muitas vezes não têm nada a ver com aquele movimento religioso, político e ideológico e terminam perdendo a vida inocentemente.

 As motivações, pelo menos as que hoje predominam no Oriente Médio, voltam-se para o fundamentalismo religioso. Essas organizações criminosas, terroristas, antigamente, quando tinham motivação meramente política, eram vistas como um movimento pela autodeterminação dos povos para obtenção de independência política. Mas, depois de 1985, com a Resolução nº 4.061, da ONU, o enfoque passou a ser não mais político ou ideológico, mas jurídico, e o terrorismo deixou de ser legitimado por motivações políticas quaisquer. É um crime contra a humanidade!

 A morte de Osama Bin Laden, líder da organização terrorista Al Qaeda, representou um bálsamo para todos aqueles que foram vítimas daquele processo de violência que culminou com a queda das duas Torres Gêmeas. No entanto, em meu discurso critiquei as comemorações dos norte-americanos pela morte do terrorista.

  Considero, não só como cristão, mas como cidadão político, que as comemorações em razão de uma morte não devem acontecer da forma como aconteceram nos Estados Unidos. Entendo que a morte de alguém, por mais perverso que seja, não deve ser comemorada como um troféu.

  Em nome do PSB manifestei meu apoio aos países que adotam regimes democráticos, que combatem, de forma eficaz, o terrorismo e que obedecem aos ditames de uma Resolução da ONU que, aprovada em 1985, considera esses movimentos como movimentos de massacre contra a humanidade.

 Disse, ainda, que o dever de combater o terrorismo é uma luta sem tréguas com muitos capítulos de dor e sofrimento, que, infelizmente, não se encerra com essa operação militar dos EUA no Paquistão.

  E defendi a autodeterminação dos povos, não só na forma de combate ao terrorismo, como na plena realização de seus objetivos democráticos. Todos os povos devem se irmanar nessa luta. As nações árabes estão dando o grito de liberdade e caminham celeremente para a democracia, repudiando os ditadores e todas as formas de terrorismo.

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