ELEIÇÃO DE GRAZIANO PARA A FAO: RECONHECIMENTO DO MUNDO À EFICÁCIA DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
foto de Moacyr Lopes Júnior
Hoje fui à tribuna do Senado para falar de segurança alimentar e da eleição do brasileiro Francisco Graziano para a direção geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). No meu entender, a escolha de Graziano coroa, de maneira emblemática, toda uma política social de combate à pobreza desenvolvida pelo Brasil nos últimos anos.
Hoje fui à tribuna do Senado para falar de segurança alimentar e da eleição do brasileiro Francisco Graziano para a direção geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). No meu entender, a escolha de Graziano coroa, de maneira emblemática, toda uma política social de combate à pobreza desenvolvida pelo Brasil nos últimos anos.
Essa eleição, mais do que dar ao Brasil um posto de visibilidade mundial, dá projeção a um trabalho humanitário exemplar, que estará colhendo resultados efetivos, pois quem faz para si tem autoridade moral e técnica de fazer para os outros. Graziano – que iniciou aqui, com o programa Fome Zero, a política social do governo Lula – tem agora a oportunidade de estender às populações famintas do planeta estratégias brasileiras que já se comprovaram não apenas exeqüíveis, mas sim muito eficazes.
Como autor que sou da PEC da Alimentação - que aprovada passou a incluir no artigo 6º da Constituição Federal, o direito à alimentação – disse que este compromisso constitucional tem especial importância, porque as políticas de segurança alimentar passaram a ser um dever do Estado e não mais uma opção dos governantes.
Os governos são transitórios; as políticas de Estado, não. E a segurança alimentar, sem dúvida, é agora uma questão de Estado, transcende mandatos, governantes e disputas partidárias, inserindo-se nas prioridades permanentes do país, comprometendo-o com esse direito fundamental, sem o qual os demais sequer fazem sentido.
Todos sabem que não basta aprovar leis para corrigir distorções e gerar transformações, exigindo dos governantes, para tal, consciência e determinação. E isso felizmente não faltou ao ex-presidente Lula nem falta à sua sucessora, presidente Dilma, que tem responsabilidade direta na eleição de Graziano, uma eleição apertada, por diferença de quatro votos, decidida, não por acaso, pelo voto dos países pobres, que sentem na carne os efeitos implacáveis da insegurança alimentar.
Ao concluir meu discurso, falei que me sentia gratificado com a eleição de Graziano, porque nela vejo o reconhecimento internacional de um trabalho consistente, competente, honesto, para o qual a própria oposição não negou seu apoio, por constatar que essa é uma questão que está acima das disputas partidárias e que se configura como uma causa nacional humanitária.
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