Foto de Aline Guedes
O estado de Sergipe pode ser incluído em breve entre aqueles que contam com a chamada “cidade digital”, em atendimento aos seus 75 municípios. Vou atuar junto à bancada de Sergipe no Congresso Nacional, para que seja apresentada uma emenda conjunta, de modo a garantir recursos para a instalação do programa a ser executado pelo governo do Estado.
Estive hoje com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, de quem obtive a promessa de todo o apoio para a liberação dos recursos após a aprovação da emenda.
Como se trata de projeto que deve exigir recursos superiores a R$ 20 milhões e sua implementação estender-se por mais de um ano, a emenda de bancada deverá constar também do Plano Plurianual (PPA).
De acordo com os técnicos do MCT, as “cidades digitais” e os chamados telecentros são muito mais do que acesso à Internet, são também instrumentos de democratização da informação. Um estudante, por exemplo, pode ter conhecimento dentro da escola e também em casa, a um baixo custo operacional. Faz parte do Plano Nacional da Banda Larga (PNBL). Os governos federal, estadual e municipal instalam e colocam a rede para funcionar em toda a cidade.
Se aprovada a emenda de bancada que vou sugerir e, garantido o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, a “cidade digital” não ficará restrita à capital Aracaju, mas beneficiará os 75 municípios do estado de Sergipe.
Em uma “cidade digital” é criada infraestrutura, serviços e acesso público em área urbana para uso das novas tecnologias. O objetivo é criar interfaces entre o espaço eletrônico e o espaço físico, através de teleportos, telecentros, quiosques multimídias e áreas de acesso e serviços. O objetivo do governo, com seu Plano Nacional de Cidades Digitais, é levar banda larga a todo o país, por baixo custo.
SATÉLITES E FOGUETES
O ministro Mercadante também assegurou-me que vai lutar para a execução de projetos de lançamento de foguetes e satélites de comunicação, dentro do acordo assinado entre Brasil e Ucrânia, com a criação aqui, da binacional Alcântara Cyclone Space (ACS).
Um Acordo de Cooperação a Longo Prazo entre Brasil e Ucrânia foi assinado em Brasília em 21 de novembro de 2003, e meses depois, o então ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral deixou o Ministério, tendo superada a fase mais difícil do Projeto Cyclone.
Mas ao ser chamado em 2007, pelo presidente Lula, para instalar e assumir a direção brasileira da binacional Alcântara Cyclone Space, logo percebeu que as maiores dificuldades ainda estavam por vir, na forma de uma continuada interposição de obstáculos, entre eles a incompreensão burocrática, que emperra a máquina administrativa e não percebe a relevância de projetos de infraestrutura e, muito especialmente, de projetos estratégicos.
A Ucrânia tem projetado foguetes e satélites de excelência, mas geograficamente não tem as condições para seus lançamentos, tendo que arcar com alto custo para lançá-los de outras regiões. O Brasil, por sua vez, tem no litoral norte e nordeste condições geográficas superiores às de qualquer outro local do planeta para o lançamento de foguetes. Mas se o Brasil dispõe de tal privilegiada localização, não possui, ainda, nem foguete lançador nem sítio de lançamentos a ele adequado, daí a conveniência do acordo com a Ucrânia.
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