ENERGIA QUE VEM DO VENTO: BRASIL É UM MERCADO PROMISSOR PARA ESTA ALTERNATIVA ENERGÉTICA


 Em mais um discurso sobre energia alternativa - semana passada abordei a questão dos lixões  - falei hoje sobre energia eólica e seu futuro promissor no Brasil. Lembrei que nos últimos dois anos o governo tem feito grandes investimentos na expansão dessa matriz energética, mais barata e limpa do que as convencionais hidrelétricas. O meio ambiente e o bolso do contribuinte agradecem.

  Com base em estudos voltados para o setor, pude afirmar que a produção de emergia eólica no Brasil vive um momento especial, pois quase metade do total de energia vendida em dois pregões (48%), na semana passada, era de usinas movidas pelo vento. Um sinal claro de que essa forma alternativa de energia pode finalmente fazer a diferença.

   Em apenas 10 meses o governo contratou 3,9 gigas de energia eólica, mais de 70% do que era esperado até o fim da década. Estamos entrando em um círculo virtuoso: quanto mais leilões, mais escalas os fabricantes de equipamentos ganham e mais os preços caem, o que nos possibilita contratar mais energia.

  Os investidores apostam que a energia eólica pode ter papel relevante na expansão da oferta de energia nos próximos anos. De acordo com o Plano Decenal (2010/2019), da Empresa de Pesquisa Energética, o Brasil deverá aumentar em 63,4 gigawatts a capacidade do Sistema Interligado Nacional. Desse montante, 14,6 gigas deverão ser produzidos a partir das chamadas fontes alternativas: pequenas hidrelétricas, termelétricas a base de biomassa e usinas eólicas. Com isso, a participação eólica deverá dobrar de 7%, para 14%.

   Mas é claro que ainda temos muito a fazer. Existem obstáculos que devem ainda ser vencidos, sendo o principal deles a inovação tecnológica, que dificulta tornar a energia eólica competitiva. Precisamos desenvolver tecnologias de torres, de pás, geradores e componentes. Contudo, podemos nos sentir otimistas, pois já existem diversas iniciativas sendo tomadas nesse sentido em universidades e centros de pesquisa brasileiros para o setor.

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