O plenário do Senado aprovou hoje o nome da deputada federal Ana Arraes (PSB -PE) para o cargo de ministra do TCU, já aprovado pela Câmara.
O meu voto, o voto do PSB foi favorável.
Sua indicação tem um significado todo especial. Em primeiro lugar, se considerarmos que a região nordestina sofreu, ao longo do tempo, movimentos de preconceito, de discriminação, como uma região pobre, que representava um peso muito grande para Nação. Ao longo de períodos de luta, o Nordeste foi crescendo, foi ganhando força na área econômica, na área política, passando a participar mais ativamente do processo de politização do País, de desenvolvimento de nosso País.
Se considerarmos que a mulher brasileira, notadamente a mulher nordestina, foi sempre discriminada. Tanto em nível de Brasil, como em nível regional, a mulher era apenas considerada uma dona de casa, quase uma escrava doméstica, não podendo alçar vôos na carreira política, ocupar cargos na máquina administrativa.
Se considerarmos, o valor da mulher de hoje, no Nordeste e no Brasil, temos, em Ana Arraes , uma representante lídima, legítima, honrada, digna de ocupar, com sua competência, com seu passado, com a lisura com que sempre se conduziu nos cargos públicos, a vaga de Ministra do Tribunal de Contas da União.
O Senado, com esta votação, está escolhendo a primeira mulher a ocupar uma vaga naquela Corte.
O voto em Ana Arraes é o voto da justiça, é o voto do reconhecimento, é o voto de louvor a uma pessoa que, vindo do Nordeste, Deputada Federal mais votada por duas vezes consecutivas, irá ocupar uma cadeira na Corte de Contas, uma vaga no Tribunal de Contas da União para exaltar não apenas o Nordeste, não apenas a figura inesquecível de Miguel Arraes, mas, para, acima de tudo, enaltecer a sua carreira, exaltar o seu passado, confirmar a sua competência, a competência da mulher brasileira na ocupação de cargo tão elevado, na fiscalização e no controle das contas públicas.
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