O senador Antonio Carlos
Valadares (PSB-SE) destacou hoje, na tribuna, o problema da seca no Nordeste,
sobretudo, nos municípios sergipanos. Ele cobrou prioridade à solução do
problema que há anos atinge o povo nordestino. Há previsão de queda na produção
de grãos em Sergipe por causa da estiagem. “Entra ano, sai ano, a história se
repete. Resultado da inépcia de governantes descompromissados, que não dão a
prioridade devida ao problema”, afirmou.
O senador lembrou que o governo
Temer cortou do orçamento da União recursos de projeto de abastecimento de
água, voltado à segurança hídrica da região. “Refiro-me à Medida Provisória
839, em tramitação no Congresso. Por meio dessa MP, o governo Temer retirou os
últimos R$ 20 milhões reservados por emendas nossas à Codevasf para que se
pudesse iniciar a construção do canal de Xingó”, disse.
Segundo Valadares, o Canal
de Xingó poderia garantir a oferta de quase 300 quilômetros adicionais de água
potável para cinco municípios sergipanos e dois baianos. “Só em Sergipe, não
apenas mitigará a sede, mas promoverá o fortalecimento da pecuária leiteira, o
desenvolvimento da agricultura irrigada, da agroindústria, da apicultura e da
piscicultura. Ao retirar recursos dessa obra, o governo Temer comete um crime
contra o nordestino, contra o sertanejo”, denunciou.
Ele lembrou da sua luta
em prol do Nordeste e de suas necessidades. Em 2001, apresentou a PEC 27 de
2001 que institui o Fundo para a Revitalização e Desenvolvimento Sustentável da
Bacia do Rio São Francisco. Além disso, é também autor de projeto de lei, em
tramitação na Comissão de Desenvolvimento Regional, que estabelece a revisão, a
cada cinco anos, dos critérios de enquadramento dos municípios no semiárido.
“Este ano, além de emendas destinadas a
projetos de irrigação, estamos determinados a incluir o canal de Xingó entre as
prioridades que devem constar das propostas orçamentárias da União daqui para
diante”, acrescentou.
Valadares, também,
destacou recursos destinados por meio de emendas individuais de sua autoria
para a recuperação de sistemas de irrigação no Baixo do São Francisco, a
construção de bombas para levar água e abastecer a produção de grãos, além de
investimentos na Embrapa Petrolina para a diversificação da produção de uvas,
peras e amoras.
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