SOCIEDADE DEVE EXIGIR CUMPRIMENTO DA LEI MARIA DA PENHA


Falei  ontem, em nome do PSB, na sessão comemorativa dos cinco anos da sanção da Lei Maria da Penha, considerada como uma das três melhores leis do mundo. O mérito da Lei Maria da Penha está em ter colocado que os direitos de homens e mulheres são iguais, apesar da superioridade física do homem sobre a mulher.

O Brasil está entrando em uma nova era, de fundamental importância para qualquer país, afastando o preconceito e, por meio do trabalho, possibilitando que as mulheres conquistem novos direitos. É o caso do setor público no qual, pela primeira vez, uma mulher, a presidente Dilma Rousseff, atingiu o cargo máximo da administração pública. Além das ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que estão dando um banho de competência, de forma honesta.

Também em Sergipe, a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Angélica Guimarães, assumiu interinamente o governo do estado, na ausência do governador Marcelo Déda. A mulher se liberta, através da sua capacidade, na luta por um Brasil melhor.

As mulheres tiveram dificuldade para conquistar o direito ao voto no Brasil, lutando contra um preconceito inconcebível O voto feminino só foi possível, por meio do Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932. Mesmo assim, a conquista não foi completa. O código permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar.

As restrições ao pleno exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934. No entanto, o código não tornava obrigatório o voto feminino, apenas o masculino. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser obrigatório em 1946.

Apesar dos avanços da Lei Maria da Penha, a violência contra a mulher continua a crescer no país. Para tentar reverter esse quadro, é preciso uma ampla mobilização do poder público e da sociedade para exigir o cumprimento integral da lei e mais rigor na aplicação da lei.

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