PRECISAMOS INVESTIR PESADO NA EDUCAÇÃO


De todos os investimentos que um país pode fazer, tenho a convicção de que o aplicado na educação é o que dá melhor retorno. Batalhei sempre por mais recursos para o setor e vou continuar insistindo na necessidade urgente de lhe darmos prioridade absoluta. É preciso que os recursos gerados pela extração de petróleo das camadas de pré-sal sejam destinados a fazer com que o Brasil de um salto de qualidade na educação de seu povo.

   Pesquisa do IPEA mostra o desalento da população, no que diz respeito aos avanços que obtivemos naquela área. Deu hoje na Agência Brasil:

Para 51%  da população, educação no Brasil não melhorou

Amanda Cieglinski

Repórter da Agência Brasil

Brasília- Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que para quase a metade (48,7%) dos brasileiros a educação no país melhorou. Entretanto, dos 2.773 entrevistados, 27,3% avaliam que não houve mudanças na qualidade de ensino e quase um quarto (24,2%) acredita que o sistema piorou.

O Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) foi desenvolvido pelo Ipea para captar a opinião da população sobre políticas e serviços públicos em diversas áreas. O estudo mostra que essa percepção varia muito em cada região do país. O Sudeste registrou o maior percentual de avaliações negativas: 36,1% acreditam que a educação piorou, enquanto no Nordeste esse grupo representa apenas 14% da população. No Centro-Oeste, 62,9% acham que a oferta melhorou – maior índice de respostas positivas.

De acordo com o Ipea, o maior índice de percepção de melhoria nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e no Norte, e o menor índice no Sul e no Sudeste “podem ser uma evidência de que foram ampliados os investimentos nas três primeiras regiões, já que é justamente lá onde se encontram os piores indicadores educacionais do país”.

A percepção sobre a qualidade da educação também varia de acordo com a renda e a escolaridade dos entrevistados. Para 35,4% dos que têm nível superior completo ou pós-graduação, a educação piorou. No grupo daqueles que estudaram só até os últimos anos do ensino fundamental (5ª a 8ª série ou 6º a 9º ano), apenas 21,4% têm a mesma opinião.
Entre os que ganham de dez a 20 salários mínimos, verificou-se o maior percentual de respostas negativas: 34,2% acreditam que o ensino está pior. Na população com renda mensal de até dois salários mínimos, 19,3% têm essa percepção.

Segundo o estudo, “o nível de conhecimento das mulheres sobre os temas avaliados foi aproximadamente 10 pontos percentuais maior que o verificado entre os homens”. Essa diferença, aponta o Ipea, pode ser explicada “pelo fato de as mães estarem mais atentas à vida escolar dos filhos” do que outros membros da família.

Edição: Lílian Beraldo

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