PEC DOS VEREADORES: BOM SENSO E DEMOCRACIA PREVALECERAM

Foi grande a minha satisfação ao ver hoje aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) proposta que apresentei para a PEC dos Vereadores. Estudei muito o assunto, recorri a dados da Secretaria do Tesouro e acabei encontrando uma saída conciliatória para o impasse em que nos encontramos há oito meses, depois que a Câmara nos devolveu uma proposta deformada e injusta para com os vereadores, que são aqueles representantes mais próximos do povo e de seus anseios.
A ameaça de fechamento de algumas Câmaras de pequenos municípios brasileiros era também uma ameaça a democracia.
Minha proposta viabiliza o funcionamento de todas as câmaras municipais, ao mesmo tempo em que provoca uma economia aos cofres públicos de R$ 1,8 bilhão. O relator original da matéria na CCJ foi magnânimo ao abrir mão de seu próprio parecer e dizer que se "curvava à preferência dos demais senadores pela proposta de Valadares”.
Depois de oito meses de negociações tumultuadas, quando a Câmara de Deputados no final do ano passado devolveu ao Senado uma proposta desfigurada, que qualifiquei de um verdadeiro “monstrengo”, enfim a PEC 47, conhecida como PEC dos Vereadores segue para o plenário do Senado.
A aprovação de minhas proposituras vai sanear um grande problema gerado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ao reduzir o número de vereadores não alterou os coeficientes de repasses financeiros para as Câmaras Municipais (não proporcionando economia aos cofres públicos) e posteriormente pela Câmara de Deputados, que fez cortes aleatórios nestes recursos sem levar em conta as necessidades reais das casas legislativas de cada município, levando muitas delas à eminência de serem fechadas.
Muito me debati por uma solução conciliatória e fico feliz de ter conseguido este desfecho de hoje com o acatamento do voto em separado que apresentei e que compatibiliza a continuidade do funcionamento das Câmaras com a necessidade cada vez maior de zelarmos pelos cofres públicos.
A PROPOSTA
Os tetos máximos de repasses de recursos oriundos das receitas e transferências dos municípios às Câmaras Municipais, que levam em consideração o número de habitantes de cada município e são divididos em quatro faixas (artigo 29A da Constituição) passarão a ser divididos em seis faixas para melhor atender as características de cada um. E todos os percentuais das faixas sofrerão uma redução de 1%.
Atualmente o artigo 29A determina que para os municípios com até 100 mil habitantes o percentual máximo de repasse seja de 8% e passará então para 7%; para a faixa que vai de 100.001 habitantes a 300 mil, o percentual é de 7% e será de 6%; de 300 001 a 500 mil, 6%, mudando para 5% e, para os municípios com mais de 500.001 habitantes atualmente o percentual é de 5% . Esta faixa passa a ser a partir dos 500 001 habitantes até 2 milhões, ficando com um percentual de 4%. De 2.000 000 001 a 8 milhões, fixei o percentual em 3% e, acima de 8 milhões, em 2%.
A economia de R$ 1,8 bilhão para os cofres públicos se torna possível, à medida em que cerca de 90% dos municípios brasileiros está na faixa de até 100 mil habitantes, que têm o percentual mais alto de repasse, mas que, na realidade, pelo pequeno valor de suas receitas e transferências não significam grandes gastos públicos e a redução de 1% do percentual também não provocará prejuízo para suas Câmaras. Já para uma Câmara de um município com mais de 8 milhões de habitantes, como é o caso de São Paulo, por exemplo, que tinha direito a um repasse de 5%, a redução para 2% significa muitos milhões economizados. E tampouco prejudica a Câmara daquele município, que por decisão própria já há algum tempo repassa bem menos do que o teto a que tem direito.
As Câmaras Municipais dos 10 maiores municípios hoje podem gastar, com seus percentuais máximos de repasse, R$ 1,5 bilhão (dados da Secretaria do Tesouro) e com o aumento do número de faixas e redução dos percentuais propostos passarão a poder gastar, no máximo, R$ 800 milhões, uma economia de R$ 700 milhões. Já as quatro mil menores casas legislativas municipais , que hoje podem ter um gasto de até R$ 2,4 bilhões, poderão ir até R$ 2,1 bilhões, uma redução de R$ 300 milhões.
Por fim, ainda de acordo com dados oficiais, hoje as Câmaras Municipais podem chegar no total a um gasto de R$ 9 bilhões e, se aprovado meu parecer no plenário do Senado, elas só poderão chegar a um máximo a R$ 7,2 bilhões.

Comentários

marcelo palmeira disse…
obrigado senador valadares sou do estado vizinho do senhor alagoas sou primeiro suplente da capital maceio tive 4820 fui candidato pele primeira vez perdi a eleiçao enquanto candidatos com 400 votos 3000 votos e 4000 votos ganharam a eleiçao co essa emenda assumo iniciando um mandato com coragem para trabalhar pela minha cidade,estarei em bsb e farei questao de lhe dar um abraço e lhe convidar a passar um final de semana em maceio e fazer uma reuniao com todos os suplentes de alagoas para lhe agradecer muito obrigado.
Jáderson disse…
Gostaria de parabenizar pela iniciativa,uma vez que, precisamos de homens destemidos. Sou do Psb, fui eleito na gestão anterior e hoje sou suplente (por 49 votos) de outro vereador de mesmo partido. Para aumentarmos a nossa bancada e defender os interesses da população e darmos maior representatividade a ela precisamos continuar contando com o apoio incondicional de Vossa Excelência não só pela aprovação no Senado mas também na Câmara o mais rápido possível. No mais um muito obrigado pelo trabalho já realizado.
Um abraço de Jáderson Ferreira de Souza (Piumhi - Minas Gerais)
Rodrigo Schim disse…
Gostaria de agradacer o esforço que o senhor tem feito por nos Suplentes Rodrigo 1º Suplente de Vereador em Alvorada Rs um abraço
Rodrigo Schim disse…
Obrigado senador pelo esforço que voçe tem feito pela causa justa que é dos suplentes de vereadores um abraço Rodrigo Suplente de vereador em Alvorada RS